Oriens
É pecado ter um perfume sofisticado demais na prateleira? Não. E marcante? Também não. Pecado é deixar de usar um perfume que gosta por medo. Vamos vencê-lo? Vamos!! Vem comigo, deixa eu te ajudar nessa!
Hoje quero falar com você sobre um perfume que me fez voltar na loja mais duas vezes para ter certeza de que isso tudo era aquilo que fora borrifado no papel. Aquilo tudo tem um nome e uma marca de muito prestígio no mercado, embora não tenha tanto aqui no Brasil se formos comparar com outras badaladas como Carolina Herrera, Paco Rabanne, Giorgio Armani, dentre outras. Estamos falando simplesmente de:
Oriens (Van Cleef & Arpels): chypre floral oriental, com notas de mandarina, cassis e framboesa; jasmim e lírio-do-vale; patchouli, praliné, âmbar e baunilha.
A premiada joalheria Van Cleef & Arpels carregou por todos esses anos até aqui uma tendência bem conservadora, já esperada pelas propostas da época, e o faz/fez com grande maestria. O masculino TSAR é uma prova de que eles marcaram seu nome na história de alguma forma, sem cair no mar do esquecimento. O feminino FIRST também chegou e gerou uma onda de fãs que perpetuaram seu legado e fabricação até os dias de hoje (e ainda consta registrado como sendo o primeiro perfume da grife), riquíssimo em notas, cheio de história, glamour e poder. Um perfume rico, ao pé da letra. Dificilmente a grife erra nos perfumes que lança. E como não poderia ser diferente, veio o século XXI, novas tendências, novos consumidores, aumento massivo de opções e narizes mais exigentes. Van Cleef então sentiu essa tendência e alimentou seu novo perfume feminino com duas coisas: modernidade e originalidade. Lançado em 2010, ainda tem pouco público no Brasil, mas quem tem, não desapega de jeito nenhum. O motivo?
Criado com a tríade sedutora frutas/jasmim/patchouli (teremos uma postagem falando somente dela), tríade esta encontrada em outros perfumes já aclamados pelo público como Miss Dior e Coco Mademoiselle, ele traz uma facilidade para se apaixonar por ele, e ao mesmo tempo, a pancada oriental tira a fácil identificação e gera restrição. E aí está o ponto chave: restrição. Tornar o perfume restrito não significa torná-lo ruim, mas neste caso em questão, ESPECIAL. Tente imaginar o DNA do Coco Mademoiselle e do Miss Dior, pense por alguns instantes....conseguiu? OK. Agora misture este mesmo DNA com uma cobertura de notas gourmands (praliné e baunilha), dá pra imaginar?? Fica fantástico! E para finalizar, um toque incensado mais acentuado (não identifiquei incenso nas notas do fabricante, mas conseguimos sentir o cheiro facilmente), extraído do patchouli, quente e misterioso, trazendo a assinatura de um bom perfume oriental....conseguiu?? Ainda não??? Não tem problema. A fusão é PERFEITA. Conseguiram tornar algo perfeito em algo sublime.
Fixação: 5/5
Projeção: 5/5
Aroma: 5/5
Considerações finais: Nota 5. Um perfume perfeito, único, brilhante e reluzente como uma joia, transformado em cheiro. Uma verdadeira mágica olfativa. A família de perfumistas Ellena, de fato, sabe o que faz. Um perfume especial, para ocasiões especiais.]
Forte abraço!
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